A logística tem um peso relevante na cadeia produtiva dos portos, o que coloca o setor em uma posição-chave no processo global da transição energética, aumentando a pressão pela adoção de soluções mais eficientes e descarbonizadas.
No caso dos portos brasileiros, além de precisarem se adequar às mudanças regulatórias que ocorrem dentro e fora do país, ainda existem questões tecnológicas, estruturais e financeiras, que desafiam o setor em sua jornada rumo à descarbonização. São muitos desafios a serem superados, mas com amplas oportunidades e possibilidades de parcerias, como as que a ENGIE oferece.
Com uma larga expertise no mercado internacional de energia, o Grupo traz em seu portfólio soluções que atendem às principais demandas deste setor de forma personalizada, integrada e alinhada com as tendências, a realidade das empresas e a meta global para uma economia de baixo carbono.
Mas antes de apresentarmos essas soluções, vamos entender o perfil energético dos portos, as novidades do mercado e o que especialistas e estudos têm apontado como rotas estratégicas para o setor alcançar a tão almejada descarbonização.
Principais desafios dos portos
Segundo dados da ONU, 80% das mercadorias comercializadas no mundo, hoje, são transportadas em navios. Até 2027, o comércio marítimo global deve crescer 2,1%, aproximadamente. Com um alto volume de carga transitando diariamente nos portos, seja por mar ou terra, este é um setor com desafios específicos, dos quais podemos destacar:
- Reduzir a pegada de carbono – o setor é responsável por cerca de 3% das emissões globais, com previsão de aumento de 16% até 2030 e 50% até 2050.
- Renovar as fontes de combustível – As principais fontes de combustível são o bunker (óleo combustível marítimo) e o óleo diesel.
- Investimento: estimativas da United Nations apontam que os investimentos anuais necessários à descarbonização do setor marítimo podem variar de 8 a 18 bilhões de dólares, até 2050. Só em obras de infraestrutura de produção, distribuição e abastecimento para suprir a demanda do setor com combustíveis renováveis, o valor pode chegar a 90 bilhões de dólares.
Portuários justificam baixo investimento em renováveis
Relatório da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) sobre descarbonização aponta que o setor portuário brasileiro precisa melhorar no campo das renováveis, já que as iniciativas para aplicação de combustíveis não-fósseis são insuficientes.
Entre os obstáculos relatados no estudo da ANTAQ que justificariam o baixo investimento nesta área, estão:
- Financeiros – 45%;
- Tecnológicos – 23%;
- Mercadológicos – 20%;
- Regulatórios – 12%.
Eletrificação: tendência está na rota dos desafios de portos brasileiros
A eletrificação é apontada como uma forte tendência mundial neste setor, seja na mobilidade terrestre ou marítima, visto os benefícios e vantagens que a solução oferece às empresas e países com metas a cumprir. Dentre as principais, podemos destacar:
- Emissões reduzida de gases de efeito estufa (GEE);
- Menor dependência de combustíveis fósseis;
- Redução de custos;
- Maior eficiência operacional e energética;
- Minimização da poluição sonora.
No entanto, apesar da eletromobilidade estar em voga no mercado global, oferecendo vantagens importantes, a solução está entre os principais desafios dos portos brasileiros, que ainda carecem de uma infraestrutura elétrica adequada, tanto de frotas terrestres quanto de embarcações eletrificadas que atracam.
OMI estabelece metas para descarbonizar o setor
Na Estratégia de Redução de Emissões (IMO) de 2023, a Organização Marítima Internacional estabeleceu as seguintes metas, em comparação aos níveis de 2008:
- Reduzir em 70% as emissões de GEE da indústria naval até 2050,
- Reduzir em 40% a intensidade de carbono das emissões até 2030;
- Reduzir em 70% a intensidade de carbono das emissões até 2050.
Estudo destaca 2 soluções na transição energética dos portos
Um estudo feito pela DNV GL, certificadora da indústria marítimas, mostra que para transformar o uso da energia dos portos, é necessário que o setor passe por dois processos fundamentais:
- Eletrificação das atividades conectadas ao porto;
- Substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis.
Até mesmo para a produção do hidrogênio verde, – em evidência no mercado energético brasileiro e com investimentos anunciados que já somam US$ 22 bilhões com foco em portos -, a energia renovável é necessária. Afinal, para ser denominado “verde”, o hidrogênio precisa ser produzido a partir de uma fonte de energia 100% renovável, como a solar e a eólica.
Falta de informação atrapalha avanços no Brasil
De acordo com estudo realizado pela ANTAQ no final de julho, a maioria dos portos públicos e terminais portuários privados e públicos têm dados escassos sobre emissões de GEE e metas de redução, além de baixo preparo para receber embarcações que utilizam combustíveis renováveis.
Segundo a pesquisa – respondida por 87% dos portos e 31% dos terminais -, apenas 19% das autoridades portuárias têm um inventário de emissões de GEE. No caso dos terminais, o número sobe para 65%. Em relação às metas de redução da pegada de carbono, somente 7% dos portos apresentaram seus compromissos. Nos terminais, foram 26%.
Este resultado é uma indicação de que falta o suporte de uma empresa especializada para prestar consultoria, auxiliar na escolha das melhores soluções e na implementação das mesmas.
FONTE: https://www.alemdaenergia.engie.com.br/solucoes/setor-portuario-brasileiro/
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